TRADIÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO TERCEIRO MUNDO? UMA CRÍTICA DA CRÍTICA

Autores

  • Anderson Santos da Silva Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.22293/2179507x.v15i37.2822

Resumo

Nos últimos anos, diversos esforços têm sido feitos no sentido da inclusão da perspectiva dos povos do Terceiro Mundo nas historiografias dos direitos humanos. Dentre esses esforços, destaca-se a contribuição de José-Manuel Barreto, que sustenta a tese de que o Terceiro Mundo desenvolveu uma tradição própria de direitos humanos. Coloca-se, assim, o seguinte problema: quais as consequências da escolha da tradição como estratégia de narração da história dos direitos humanos no Terceiro Mundo? Dando ao problema uma abordagem qualitativa, à luz da contribuição teórica do historiador alemão Jörn Rüsen (sem prejuízo dos aportes construtivistas de tradição de Eric Hobsbawm e Javier Fernández Sebastián), o artigo conclui que, apesar da imprescindibilidade de estudos que lancem luzes ao passado de pensamento e lutas por direitos humanos no Terceiro Mundo, o recurso à tradição reproduz três problemas existentes na historiografia canônica dos direitos humanos: continuidades artificiais, anacronismos e baixo potencial crítico.

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Publicado

2024-04-29

Como Citar

Silva, A. S. da . (2024). TRADIÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO TERCEIRO MUNDO? UMA CRÍTICA DA CRÍTICA. Duc In Altum - Cadernos De Direito, 15(37). https://doi.org/10.22293/2179507x.v15i37.2822