ARQUITETURA SACRA: ADAPTAÇÕES DOS ESPAÇOS LITÚRGICOS DA DIOCESE DE NAZARÉ PÓS CONCÍLIO VATICANO II

Resumo

O estudo enfoca as adaptações nos templos católicos da diocese de Nazaré, em virtude das novas diretrizes do Concílio Vaticano II. Inicialmente não houve preocupação com a construção de templos cristãos, as reuniões eram realizadas nas casas dos familiares que seguiam o caminho da nova doutrina. No período da perseguição cristãs as celebrações precisaram ser em lugares secretos, como por exemplo as catacumbas. A partir da tolerância religiosa com o Imperador Constantino, seguido de um reconhecimento como religião oficial do império por Teodósio, que começaram as adaptações e reaproveitamentos dos antigos templos pagãos com as construções das grandes basílicas. É neste momento histórico que a Igreja volta seu olhar e, por conseguinte, as primeiras regras litúrgicas para as construções sacras. Uma construção cristã ainda que reaproveitasse as formas antigas dos templos pagãos, não poderia ser tratada como qualquer construção. Durante séculos as construções foram se moldando aos estilos de cada época, no entanto, a forma interna era obediente ao que era celebrado, os movimentos em torno do altar definiram toda construção sacra. Cada tempo com suas mudanças levaram os templos a se adaptarem às necessidades litúrgicas. No ano de 1962 a Igreja entra num novo período litúrgico a partir do Concílio Vaticano II. A partir de então as construções milenares e seculares precisaram a se adaptar as novas diretrizes. Este trabalho apresenta as mudanças no território eclesiástico da diocese de Nazaré, mais precisamente em 12 templos escolhidos por serem construídos antes da reforma litúrgica de 1962, e por sua notoriedade na história da própria diocese. Sendo assim, analisaremos se tais templos conseguiram se adaptar aos novos parâmetros eclesiais.