MARCHA DAS VADIAS: O CORPO COMO MECANISMO DA BUSCA POR RECONHECIMENTO DE DIREITOS E OPOSIÇÃO À OBJETIFICAÇÃO SEXUAL

Resumo

Este trabalho de conclusão de curso de graduação tem por objetivo analisar de que maneira a naturalização da posição subalterna da mulher vem gerando a falta de reconhecimento das mulheres enquanto sujeito de direitos e como a militância da Marcha das Vadias está inserida nas discussões sobre direito e como o direito institucionalizado abarca ou não as pautas defendidas pelo movimento. A pesquisa se propõe a explorar o papel singular do corpo na Marcha das Vadias, destacando sua função como mecanismo crucial na busca por reconhecimento de direitos e na resistência à objetificação sexual. A Marcha das Vadias é um movimento contemporâneo que transcende as reivindicações tradicionais, utilizando o corpo como instrumento político. Apresentar o movimento que atua na busca do reconhecimento dos direitos das mulheres, estudar o movimento em conjunto com os artigos da Constituição e suas aplicabilidades. Em seguida, expor uma demanda em que o corpo seria usado como instrumento discursivo. A pesquisa analisará como as participantes da Marcha utilizam seus corpos como palco de luta, desafiando estereótipos, rompendo com a cultura de culpabilização da vítima e promovendo uma visão mais ampla da identidade feminina. Além de examinar o impacto cultural da Marcha das Vadias, a pesquisa buscará compreender como esse movimento influencia a percepção da sociedade sobre questões relacionadas à sexualidade, igualdade de gênero e autonomia feminina. Observar porque não há normalização do corpo feminino como no masculino, a falta de políticas públicas e engajamento político em prol da emancipação da mulher. É neste sentido que o presente trabalho visa oferecer uma análise aprofundada do papel do corpo na Marcha das Vadias, destacando seu significado político e social. Ao compreender como o corpo é utilizado como uma ferramenta na luta pelos direitos das mulheres, esperamos contribuir para um entendimento mais abrangente das dinâmicas contemporâneas do ativismo feminino.